
O presidente da Anamatra, Cláudio 
José Montesso, acompanhado do diretor de direitos e 
prerrogativas da entidade, Marco Freitas, entregou 
hoje (28) ao deputado Cândido Vacarrezza (PT-SP) um 
estudo com as considerações da entidade ao PL 
1.987/2007, de autoria do parlamentar. O Projeto de 
Lei "consolida os dispositivos referentes ao Direito 
Material Trabalhista e revoga as leis extravagantes que 
 específica e os artigos. 1º ao 642 da CLT". Vacarezza 
é o atual coordenador de um Grupo (GT-Lex), que existe 
dede 1997 na Câmara, destinado a consolidar a 
legislação brasileira. 
  
 No documento, a Anamatra traça observações gerais à 
sistemática e metodologia do Projeto de Lei, 
dirigindo-se ao conjunto de medidas pretendidas e à 
sistematização da consolidação; e apresenta observações 
 pontuais sobre aspectos mais sensíveis da proposta. 
"Esperamos contribuir com o debate político acerca do 
tema e manter a bandeira da defesa dos direitos 
trabalhistas e de sua permanência como valores 
fundamentais e centrais de nosso Estado", afirma o 
texto. 
 
 A Anamatra afirma entender que é favorável ao 
cidadão que as normas trabalhistas estejam reunidas, 
de forma clara, em um único diploma, como ocorria com 
a CLT em sua origem. "Contudo, um trabalho dessa 
magnitude deve ser extremamente cuidadoso. É uma 
discussão extremamente complexa - e, por muitas vezes, 
apaixonada e ideológica - saber que artigos da CLT 
foram ou não recepcionados. Não se trata de mera 
sistematização, mas de discussões jurídicas de fôlego, 
que permitem ao intérprete, hoje, afastar a aplicação 
dos dispositivos consolidados quando os considera 
contrários à Constituição", alerta o documento 
apresentado pela entidade. 
 
 Para a entidade, o projeto somente deve ser aprovado 
após audiência pública ou evento com ampla 
participação dos operadores de Direito. "Queremos 
atuar politicamente como críticos, apontando 
imperfeições ao PL e o risco aos trabalhadores de que 
um longo legado de proteção social seja posto em risco 
pela aprovação apressada do projeto", alerta a 
Anamatra.  "Ser contra a codificação sem argumentos 
sólidos é um discurso frágil, que facilmente é 
desconstruído ao apontar-se a quantidade extravagante 
de leis sobrepostas que temos no Brasil", afirma o 
texto.

						
						
						