
Os juízes do Trabalho Grijalbo Coutinho (Amatra 10/DF e TO) e Reginaldo Melhado (Amatra 9/PR) participaram hoje (8/7), por indicação da Anamatra, da oficina “Pensando os direitos trabalhistas e previdenciários na atualidade” no II Congresso Brasileiro das Carreiras Jurídicas de Estado. O evento, que tem a Anamatra como uma das entidades apoiadoras, reúne cerca de 1,5 mil participantes em Brasília com o objetivo de discutir o futuro do sistema judicial brasileiro e o papel das carreiras jurídicas no desenvolvimento do País.
A oficina foi coordenada pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maurício Godinho Delgado, que abriu os trabalhos fazendo uma relação dos temas debatidos na oficina à luz da Carta Magna. “A Constituição assegura a vida, a igualdade e a segurança. Mas isso não existe sem o trabalho e emprego e sem a inclusão da previdência social”, afirmou o ministro.

O ex-presidente da Anamatra Grijalbo Coutinho compartilhou da mesma opinião do juiz Reginaldo Melhado de que o Direito do Trabalho está sendo mitigado. “Nós percebemos uma tentativa desenfreada de enfraquecimento do Direito do Trabalho”, afirmou o magistrado, ao ressaltar que o Direito do Trabalho regula as relações de desiguais e tem que proteger a parte mais frágil.

O magistrado chamou atenção de que alguns projetos que podem proteger os trabalhadores têm tido tramitação lenta no Congresso Nacional, a exemplo da Proposta de Emenda à Constituição 438/2005, que determina a expropriação de terras onde for constatada a exploração do trabalho escravo.
Diversos juízes do Trabalho e dirigentes da Anamatra acompanharam a oficina do evento, que é realizado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Associação Nacional dos Procuradores de Estado (Anape), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e Fórum da Advocacia Pública Federal e com a participação de 31 associações. O evento reúne membros da magistratura, do Ministério Público, da Defensoria Pública, das Procuradorias dos Estados e dos municípios, dos delegados de polícia e da advocacia pública Federal, além de dirigentes empresariais, lideranças da sociedade civil organizada, integrantes dos Tribunais Regionais, Tribunais Superiores, e representantes dos poderes Executivo e Legislativo.